“A Ucrânia está pronta para a paz”: com esta frase, Volodymyr Zelensky sinalizou a Donald Trump que está mais perto de conceder-lhe a primeira vitória que o Presidente dos EUA tem buscado. Em Jeddah, na Arábia Saudita, o Presidente ucraniano emitiu um comunicado após a reunião entre altos funcionários dos EUA e da Ucrânia, mostrando disposição para iniciar um cessar-fogo de 30 dias.
A proposta da delegação ucraniana incluía três exigências: “silêncio [suspensão dos ataques] no céu” e no mar, bem como “medidas reais para estabelecer confiança”, incluindo a libertação de prisioneiros. Zelensky diz, por outro lado, que os EUA propuseram estabelecer um cessar-fogo integral durante 30 dias, tanto no Mar Negro como ao longo de toda a linha da frente.
Mas, se Kiev se diz pronta para a paz, nada indica que Moscovo tenha motivos para negociar neste momento, nota Joseph Fitsanakis, professor de Estudos de Informação e Segurança na Universidade da Carolina Costal, em declarações ao Expresso. “A Rússia está claramente a ganhar a guerra, especialmente tendo em conta o abandono da Ucrânia por parte dos Estados Unidos e a desordem em que a NATO se encontra. Os ucranianos estão desmoralizados, carecem de abastecimentos e de combatentes, e estão cercados em Kursk.”