“Foi um erro.” Assim se desculpou Stian Jenssen, chefe de gabinete do secretário-geral da NATO, praticamente 24 horas depois de ter sugerido, num fórum político na Noruega, que a Ucrânia poderia “desistir de algum território e obter, em troca, a adesão” à Aliança. A NATO já tinha, aliás, vindo reiterar, através de um porta-voz, que se mantém “clara e inalterada” a sua posição quanto à "soberania e a integridade territorial da Ucrânia". Mas “o erro”, dito assim em voz alta, e intensamente criticado por Kiev, já circulava pelo mundo inteiro, e alguns analistas acreditam que mais pode ser lido e retirado dele: em causa, poderá estar um profundo descontentamento ocidental face aos progressos modestos das tropas ucranianas na sua contraofensiva. Ainda assim, garantem os peritos, as declarações de Stian Jenssen apanharam-nos prevenidos, sobretudo pelo “momento” em que surgem.