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Guerra na Ucrânia

PJ receia que neonazis voltem da Ucrânia ainda mais radicalizados (e treinados)

Mário Machado regressou da Ucrânia menos de uma semana após ter partido para se juntar a uma milícia de extrema-direita

Neonazis portugueses

As autoridades têm fortes razões para suspeitar que os neonazis portugueses em combate na Ucrânia possam regressar a Portugal mais radicalizados. Ao Expresso, várias fontes policiais explicam que esse cenário “é real”, pois os voluntários estrangeiros com experiência militar que engrossam a força internacional de Volodymyr Zelensky recebem formação com armamento e muitos partem para teatros de guerra. “Caso voltem ao nosso país, são potencialmente mais perigosos. Terão know-how no manuseamento de armas de guerra.”

Para outra fonte judicial, estes voluntários neonazis “estão um degrau abaixo no nível de perigosidade” dos jiadistas estrangeiros que em 2014 e 2015 se alistaram no autodenominado Estado Islâmico. “Os foreign fighters do Daesh ingressaram numa organização terrorista. Estes neonazis juntam-se a um Estado vítima de agressão e invasão por outro. Este é um contexto de guerra e de crimes de guerra internacionais. Os outros eram combatentes num contexto de ação terrorista.” A mesma fonte não acredita que regressem com vontade de desencadear “uma insurreição armada” ou “um ataque terrorista”.