Um dos critérios para a aceitação de candidatos na Legião Internacional de Defesa Territorial das Forças Armadas da Ucrânia é a “ausência de condenação por crimes, comprovada através do registo criminal”, garante o coronel Sergii Malyk, adido militar da Embaixada da Ucrânia em França ao “Diário de Notícias”. Quando questionado sobre Mário Machado, o militar diz que “a pessoa que refere não pode ser aceite".
"Queremos impedir a infiltração de elementos criminosos e não confiáveis na Ucrânia e nas suas Forças Armadas", afirma. "Se sabem de pessoas deste tipo que queiram ir para a Ucrânia digam. Não queremos indivíduos deste género no nosso país”, pede o coronel.
Mário Machado já foi condenado, no passado, a mais de 10 anos de prisão por diversos crimes, incluindo ofensas à integridade física, discriminação racial e posse de arma proibida. Em novembro de 2021 voltou a ser detido por este último crime. "Já estamos ao corrente dessa situação. Parece-nos que é uma questão antes de mais portuguesa, porque se trata de um português, e se é uma pessoa perigosa cabe a Portugal tomar medidas. Mas penso que alguém que tem os crimes mencionados no cadastro não pode entrar nas nossas Forças Armadas. Não é qualquer pessoa que pode servir o nosso país".