Guerra na Ucrânia

A segunda utilização russa de mísseis hipersónicos e a opinião dos EUA

Vladimir Putin descreveu estas armas como invencíveis, porque supostamente são capazes de escapar a qualquer sistema de defesa

Anton Petrus

A Rússia anunciou, este domingo, que utilizou mísseis hipersónicos na Ucrânia, pelo segundo dia consecutivo. Foi destruída uma reserva de combustível do exército ucraniano no sul do país, na região de Mykolayiv.

O míssil balístico hipersónico Kinjal (“punhal”, em russo) e o míssil de cruzeiro Zircon pertencem a uma família de novas armas desenvolvidas pela Rússia.

Uma das principais características da arma é a possibilidade de ser sempre manobrada, durante a sua trajetória, o que torna extremamente difícil a sua interceção.

O Presidente russo, Vladimir Putin, descreveu estas armas como invencíveis, porque supostamente são capazes de escapar a qualquer sistema de defesa.

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, descartou este domingo que a utilização, pela Rússia, de mísseis hipersónicos na invasão da Ucrânia seja um "ponto de viragem" no conflito desencadeado por Moscovo, mas antes uma forma de “ganhar impulso”.

O chefe do Pentágono alertou que se a Rússia vier a usar armas químicas ou biológicas na Ucrânia, isso será "um passo muito sério" e receberia "uma forte resposta dos Estados Unidos e da comunidade internacional".

Lloyd Austin insistiu que a retórica nuclear de Moscovo "é muito perigosa", mas manifestou-se "confiante na capacidade de defesa" dos Estados Unidos e dos seus aliados.

Durante a entrevista à CBS, Austin acusou a Rússia de "atacar deliberadamente" a população civil pelo facto de a sua operação militar ter "estagnado".

"Recorrem a esse tipo de tática que vemos todos os dias e é realmente nojento. Mas tiro o chapéu ao povo ucraniano, que está a lutar com força", disse o chefe do Pentágono.