Os Himalaias são uma cordilheira de mais de dois mil quilómetros de comprimento, atravessando o Butão, a China, a Índia, o Nepal e o Paquistão. É difícil imaginá-la quando não se viu com olhos próprios. Estaria François Bayrou ciente, ao recorrer à metáfora “Himalaias de dificuldades” — no passado dia 13 de dezembro — para descrever a missão que Emmanuel Macron lhe confiou nesse mesmo mês, dos desafios que se lhe deparariam? Sobreviver a uma Assembleia Nacional fragmentada em três blocos parece impossível.
As práticas constitucionais francesas não deixam rota de fuga ao primeiro-ministro centrista. Deve divulgar as grandes orientações políticas que planeia adotar no Governo, num discurso perante a câmara baixa do Parlamento. Começa então a sua ascensão ou a sua queda.