Exclusivo

França

Macron e Attal concluem “reciclagem de ministros” para evitar crise nas suas hostes

Presidente e primeiro-ministro franceses procuram manter equilíbrio precário na maioria, mas alienam não só a ala esquerda do abrangente movimento macronista como o influente centrista François Bayrou. Oposição em bloco critica sinais da remodelação governamental

O primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, cumprimenta o Presidente Emmanuel Macron na presença dos ministros do Interior, Gerald Darmanin, e da Defesa, Sébastien Lecornu
GONZALO FUENTES/AFP/Getty Images

Lucas Sarafian, em Paris

A espera durou 30 dias. É certo que Emmanuel Macron costuma testar a paciência das oposições e até do seu campo. Desta vez, bateu-se um recorde na história da V República. Ao longo de um mês, pastas como a habitação, a saúde ou os transportes não tinham ministro que tomasse conta delas.

O suspense terminou com a publicação de um simples comunicado, esta quinta-feira, pouco depois das 20h30. O Eliseu revelou a lista completa do Governo dirigido por Gabriel Attal. Além da equipa inicial, formada por 15 ministros, foram nomeados mais dois, 13 ministros-adjuntos e cinco secretários de Estado. A remodelação parece mais um ajuste. Attal e Emmanuel Macron não foram capazes de atrair figuras políticas importantes vindas da direita. Os rostos dos membros deste Executivo são, na maioria, figuras já conhecidas da ala macronista.