Torre Pacheco vai apagando, aos poucos, o incêndio xenófobo que assolou esta povoação nos últimos seis dias. Continuam a aparecer nas ruas, ainda assim, figuras que parecem vir da Idade da Pedra, como um bruto seminu armado com um taco de basebol, a ameaçar partir cabeças. É uma das imagens que ficam da “caçada” aos magrebinos que sectores da extrema-direita estimularam sem pudor. O presidente da comunidade muçulmana do município, Nabil Moreno, procura afastar esses espectros, para que esta terra de 40 mil habitantes recupere a tranquilidade que tinha há 25 anos, quando este marroquino chegou para trabalhar no campo e na florescente indústria alimentar.
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“Sentimo-nos esquecidos, só contamos para trabalhar no campo”: entrevista ao presidente da comunidade muçulmana em Torre Pacheco
Nabil Moreno falou ao Expresso do medo que sente, sobretudo pela sua família, desde que a sua comunidade foi brutalmente atacada por elementos da extrema-direita espanhola