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Espanha

Feijóo endurece o discurso face a um Sánchez que não consegue calar o escândalo

Chefe da oposição conservadora é aclamado no congresso do seu partido como futuro primeiro-ministro. Já o atual titular do cargo enfrenta críticas por causa da rede de corrupção que envolveu dirigentes socialistas

O presidente do PP, Alberto Nuñez Feijóo, foi aclamado pelo XXI Congresso Nacional do partido, em Madrid
Jesús Hellín/Europa Press/Getty Images

As duas forças políticas mais importantes do espectro político espanhol viveram fins de semana bem diferentes, em que ambas enfrentavam desafios cruciais. Se o governante Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE centro-esquerda) parece não ter ultrapassado a gravíssima crise existencial que o assola, motivada pela revelação judicial de importantes casos de corrupção protagonizados por membros relevantes da sua cúpula diretiva, o Partido Popular (centro-direita) une-se em torno do líder, Alberto Núñez Feijóo, convicto da sua inevitável chegada ao poder.

Os socialistas ratificaram autoridade de Pedro Sánchez (que chefia um Governo minoritário em coligação com a plataforma esquerdista Somar), num Comité Federal convocado para mitigar o enorme dano de reputação e popularidade sofrido nas últimas semanas. Os conservadores reuniram-se, durante três dias, no seu XXI Congresso Nacional, que reviu a estratégia para chegar ao Executivo mais cedo do que tarde.