As duas forças políticas mais importantes do espectro político espanhol viveram fins de semana bem diferentes, em que ambas enfrentavam desafios cruciais. Se o governante Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE centro-esquerda) parece não ter ultrapassado a gravíssima crise existencial que o assola, motivada pela revelação judicial de importantes casos de corrupção protagonizados por membros relevantes da sua cúpula diretiva, o Partido Popular (centro-direita) une-se em torno do líder, Alberto Núñez Feijóo, convicto da sua inevitável chegada ao poder.
Os socialistas ratificaram autoridade de Pedro Sánchez (que chefia um Governo minoritário em coligação com a plataforma esquerdista Somar), num Comité Federal convocado para mitigar o enorme dano de reputação e popularidade sofrido nas últimas semanas. Os conservadores reuniram-se, durante três dias, no seu XXI Congresso Nacional, que reviu a estratégia para chegar ao Executivo mais cedo do que tarde.