Vista do ar, Valência é uma cidade poeirenta. Telhados amarelos, parques dizimados, estradas carcomidas, barrancos desmoronados. Do chão, o tempo parece ter-se detido num ciclone imóvel.
Os estragos causados pelas chuvas torrenciais do passado dia 29 de outubro ainda não estão remediados, de todo. O seu rasto descomunal zurze toda a urbe, de um extremo ao outro, por entre gritos, buzinas de carros, sirenes da polícia e casas que foram apagadas do mapa. Não deve ser tarefa fácil quantificar os danos.