Um verdadeiro tumulto político é a consequência mais imediata da decisão do juiz Juan Carlos Peinado de alargar a sua atuação no “caso Begoña Gómez” e chamar como testemunha o marido da visada, Pedro Sánchez, primeiro-ministro de Espanha há seis anos. O magistrado decidiu, no que o diário “El País” descreve num editorial como “extravagância judicial”, ouvir Sánchez na sua residência oficial, o palácio da Moncloa, sede do Governo, na próxima terça-feira. O depoimento será gravado.
Peinado investiga o envolvimento de Gómez em alegados delitos de tráfico de influências e corrupção em negócios denunciados por um grupo de organizações de extrema-direita encabeçado pelo partido Vox. Tanto a defesa da mulher de Sánchez como a procuradoria espanhola recorreram da decisão do magistrado ou anunciaram tal intenção.