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Espanha

Sánchez procurou em vão uma vaga europeia de reconhecimento da Palestina

Israel reage com “indignação” à decisão de Espanha, Irlanda e Noruega. Reconhecimento da Palestina como Estado pode alargar-se, em breve, a Malta, Eslovénia e Luxemburgo. Há pressa na UE, face à hipótese de Donald Trump regressar à Casa Branca

Primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez
Violeta Santos Moura/Reuters

“Se há algo claro para mim é que Benjamin Netanyahu não tem projeto de paz para a Palestina. A solução que o primeiro-ministro israelita promove só conduz ao ódio. Não podemos permiti-lo.” Foi nestes termos taxativos que o chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez, comunicou ao Parlamento o seu propósito de declarar na próxima terça-feira, 28 de maio, o reconhecimento da Palestina como Estado soberano. Numa operação política concertada, nesse dia adotarão medidas similares a Irlanda e a Noruega, anunciaram os respetivos primeiros-ministros, Simon Harris e Jonas Gahr Stoere.

Sánchez empenhou-se, nos últimos meses, sob encargo oficioso das autoridades da União Europeia, em conseguir o maior número possível de adesões a esta iniciativa, como forma de ajudar a resolver a guerra de Gaza, que já custou a vida a mais de 35 mil pessoas e a destruição, na prática, de 80% daquele território palestiniano.