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Espanha

Um pais desconcertado à espera de um primeiro-ministro que suspendeu funções até segunda-feira

Primeiro-ministro desaparece cinco dias enquanto pondera deixar o cargo, na sequência de acusações à sua mulher. A lei prevê três cenários: demissão, moção de confiança ou convocação de eleições antecipadas

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, e a sua mulher, Begoña Gómez, numa festa no palácio de Alhambra, em Granada
Burak Akbulut/Anadolu/Getty Images

A decisão do primeiro-ministro espanhol de suspender toda a atividade pública até segunda-feira, permitindo-se um período de reflexão para decidir se continua a assegurar a condução política do país, mergulhou Espanha no total desconcerto. O motivo para a pausa governamental é o assédio mediático à mulher de Pedro Sánchez, Begoña Gómez, acusada de ter aproveitado a sua posição para favorecer empresários amigos.

O líder do Executivo e do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE, centro-esquerda), considera que foram ultrapassados todos os limites razoáveis e aponta uma conjunção de interesses e meios de comunicação vinculados à extrema-direita, apoiados pelo Partido Popular (PP, centro-direita, maior grupo da oposição) e pela bancada que representa a direita radical no Parlamento, o Vox.