Exclusivo

Espanha

Acusações cruzadas de corrupção fazem da política espanhola um torneio de luta na lama

Namorado da presidente da região de Madrid — Isabel Díaz Ayuso, figura de proa da direita — admite dois delitos fiscais por ter cobrado comissões durante a pandemia. Socialistas enfrentam escândalo com ex-ministro que vem do mesmo período e agora até a mulher de Pedro Sánchez é alvo de alegações

O companheiro da presidente da região de Madrid Isabel Díaz Ayuso está envolvido em delitos de fraude fiscal
Javier Lizon/EPA

A corrupção está a ser profusamente utilizada como arma na política espanhola para desgastar adversários. São disso mostra dois episódios vindos a lume nas últimas semanas.

Há um mês os jornais revelaram um escândalo que mancha a força política que lidera o Governo — Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE, centro-esquerda). Conhecido como “caso Koldo”, envolve cobrança de comissões ilegais por operações comerciais durante a pandemia. Na semana passada surgiu um novo caso, desta vez a salpicar a presidente da região de Madrid, Isabel Díaz Ayuso, uma das dirigentes mais apreciadas do Partido Popular (PP, centro-direita), cujo companheiro sentimental está envolvido em delitos de fraude ao fisco que podem levá-lo à prisão.