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Crise política na Catalunha em tempo de amnistia baralha calendários políticos em Espanha

Após queda do executivo catalão, Pedro Sánchez desiste do orçamento para 2024. Governará em duodécimos e prepara proposta para 2025

Primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez e presidente do governo autónomo da Catalunha, Pere Aragonès
Albert Gea/Reuters

Espanha prepara-se para três idas às urnas antes do verão. Às já previstas eleições regionais do País Basco, marcadas para 21 de abril, e às que se celebrarão a 9 de junho para escolher os representantes espanhóis no Parlamento Europeu (PE) somam-se, desde quarta-feira, as convocadas para 12 de maio na Catalunha.

A decisão do presidente do governo autonómico, Pere Aragonès, de antecipar o ato eleitoral não surpreendeu ninguém. A causa imediata é o chumbo pelo parlamento catalão da proposta de orçamento do executivo da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC, independentista). A origem mais remota é o cálculo taticista de Aragonès, ciente de que esta data favorece o seu partido face ao Juntos pela Catalunha (JxC, direita), com quem rivaliza no campo nacionalista da região.