Está aberta uma grave crise diplomática entre Espanha e Israel. Causaram mal-estar no Governo de Benjamin Netanyahu os duros reparos dirigidos pelo primeiro-ministro Pedro Sánchez ao seu homólogo israelita, devido à desproporção da resposta militar aos ataques terroristas cometidos pelo Hamas a 7 de outubro. Telavive chamou a embaixadora espanhola para “uma dura conversa de reprimenda”, segundo nota oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros, a que Madrid retorquiu à representante diplomática israelita na mesma medida.
A crise alarga-se à União Europeia (UE), em particular à Bélgica, enquanto a Faixa de Gaza vive uma situação dramática, contando-se 14.500 vítimas mortais, incluindo 6000 crianças. Sánchez viajou a Israel acompanhado pelo primeiro-ministro belga, Alexander de Croo, como chefe de Governo espanhol recém-reconduzido, mas também como presidente rotativo do Conselho da UE, cargo que passará para De Croo no próximo dia 1 de janeiro. Ambos estavam presentes na reunião com Netanyahu em que se gerou o incidente.