Espanha

Espanha: PSOE perde força, PP em ascensão

O Partido Socialista Operário Espanhol está a cair nas intenções de voto, enquanto o Partido Popular sobe, mas a direita ainda não alcança a maioria

Primeiro-ministro em funções e líder do Partido Socialista Operário Espanhol, Pedro Sánchez
VIOLETA SANTOS MOURA/REUTERS

Uma sondagem encomendada pelo EL País e pela SER revela que o pacto entre o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e o Juntos pela Catalunha (Junts) pode ser rentável para a investidura (instalação formal num cargo público), mas não o ser para ganhar votos.

A sondagem mostra que o PP tem vindo a subir desde as eleições a 23 de junho. Hoje obteria 34,7% dos votos, uma vantagem de 3,5 pontos sobre o PSOE. O PSOE, que conseguiu 31,7% nas eleições, conseguiria apenas 31,2%.

Por outro lado, as intenções de voto no Vox têm vindo a diminuir. Com isto, a direita espanhola, que no total ocupa 172 lugares no Parlamento, apenas ganharia mais dois, ficando assim a dois lugares de conseguir a maioria absoluta.

“A sondagem deteta um perigo para a esquerda que parecia ter sido evitado: a desmobilização do seu eleitorado”, avança o jornal espanhol.

Em relação à amnistia ao ex-presidente catalão Carles Pjuigdemont, dois emissários espanhóis regressaram, no domingo, a Bruxelas para conversar com o ex-líder independentista. Por outro lado, o líder do PP, Alberto Núñez Feijóo, continua com a campanha contra a medida da amnistia e garante que usará todas as ferramentas institucionais e judiciais para lutar contra a coligação. "Não vamos ficar calados, não nos vão calar", sublinha.

Texto de João Charréu, editado por José Cardoso