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Espanha

Esquerda radical quer amnistiar independentistas catalães desde 2013

A proposta da aliança Somar abrangeria políticos envolvidos na intentona separatistas, incluindo Carles Puigdemont, e ainda membros das forças da ordem que reprimiram os eleitores do referendo ilegal de 1 de outubro de 2017

YVES HERMAN

Uma amnistia aplicável às pessoas implicadas no processo independentista catalão de 2017, então declarado ilegal, poderá remontar a 2013 e abranger dois antigos presidentes do governo autonómico, Artur Mas e Carles Puigdemont. É esta uma das medidas mais relevantes previstas na proposta apresentada esta terça-feira no Ateneu de Barcelona pela plataforma Sumar, que conglomera forças situadas à esquerda do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE, centro-esquerda) e é previsível sócio de Governo de Pedro Sánchez.

O projeto não é uma proposta legislativa formal, como se especulou nos últimos dias, antes “documento académico” elaborado ao longo de dois meses por uma equipa de vinte prestigiosos juristas. A proposta “não é a nossa”, apressaram-se a ressalvar dirigentes do PSOE. A singrar, permitira que Puigdemont, hoje sujeito a mandado de busca e captura, regressasse a Espanha livre de acusações.