“Que fique claro para o Estado espanhol que nada acabou nem acabará até termos a independência da Catalunha”, assegurava segunda-feira, com contundência, Dolors Feliú, presidente da Assembleia Nacional Catalã (ANC), associação cívica que convocou os atos de comemoração do Dia Nacional da Catalunha, conhecido como Diada.
Este ano as cerimónias decorreram sobre o pano de fundo da difícil negociação entre o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE, centro-esquerda) e os grupos separatistas catalães para que estes últimos apoiem a recondução do primeiro-ministro Pedro Sánchez. Os votos das forças independentistas serão imprescindíveis para assegurar a investidura de Sánchez, uma vez que se verifique o fracasso do seu principal adversário, Alberto Núñez Feijóo (PP, centro-direita), vencedor das eleições de 23 de julho, e por isso primeiro a ser convidado pelo rei Filipe VI para formar Governo. Faltam-lhe apoios no Parlamento.