Alberto Núñez Feijóo, 61 anos, presidente do Partido Popular (PP, centro-direita), cumpriu boa parte dos objetivos que fixou quando abandonóu, há um ano e cinco meses, o cómodo estatuto de presidente da Junta da Galiza para se encarregar da regeneração do seu partido, submerso numa convulsão interna que acabou por consumir o seu antecessor, Pablo Casado.
O novo chefe da direita, que começou por resistir às exigências dos companheiros, procurou aproximar-se o mais possível à presidência do Governo de Espanha desde que se mudou para Madrid. Terça-feira, o chefe de Estado espanhol, o rei Filipe VI, seguiu os trâmites constitucionais ao confiar-lhe a tentativa de formar novo Executivo, na condição de vencedor das eleições legislativas antecipadas de 23 de julho último, quer em votos quer em número de deputados. A sessão de investidura será a 26 e 27 de setembro.
Não é fácil a tarefa de Feijóo. Os números não favorecem a sua candidatura. Até à data soma 172 votos favoráveis, face a 178 negativos. Nesse cenário, a investidura do conservador está fadada a fracassar, com o correspondente desgaste político. Assim, abrirá caminho à proposta alternativa do atual primeiro-ministro em gestão, Pedro Sánchez, do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE, centro-esquerda), que assegura poder reunir votos suficientes para ficar no poder.