Aconteça o que acontecer durante as próximas horas na situação espanhola, com a constituição das Cortes que hão de vir a confirmar o presidente de um futuro Governo, o novo mapa político nacional já oferece suficientes perfis diferenciais no que respeita a legislaturas anteriores para que se lhes preste atenção. Desaparecem do panorama protagonistas consolidados, com papéis muito relevantes no desenvolvimento democrático; aparecem com força outros até agora desconhecidos, a reclamarem a sua voz e o seu papel na partilha do poder.
Nas novas Cortes gerais que se constituem na próxima quinta-feira, 17 de agosto, e que refletem os resultados das eleições gerais celebradas em 23 de julho, continuarão a estar presentes os atores mais clássicos: o Partido Popular (PP, conservador), vencedor do sufrágio, e o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE, centro-esquerda). Ambos, em conjunto, foram a força mais votada em 89,6% dos municípios espanhóis. E também lá estarão representantes singulares dos poderes periféricos (nacionalistas e regionalistas catalães, bascos, canários, galegos…), que demonstram com os seus respetivos apoios populares a realidade de um país plural.