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Vox “impõe as suas ideias” ao PP e “tenta inocular o ódio”, acusa presidente dos socialistas no Parlamento Europeu

Iratxe García Pérez começou a sua vida política em Castela e Leão, a comunidade autónoma que inaugurou os governos de coligação entre a direita moderada e a extrema-direita em Espanha. A eurodeputada diz ao Expresso que os últimos 15 meses foram sinónimo de “retrocessos nas políticas de igualdade, de memória histórica, de rutura do diálogo social” numa “realidade paralela” em que o PP tem feito “cedências contínuas” ao Vox. E deixa avisos para as legislativas de domingo

Iratxe García Pérez, presidente da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas no Parlamento Europeu
Foto: Parlamento Europeu

Nasceu em Barakaldo, na província basca da Biscaia, mas foi na comunidade autónoma de Castela e Leão que Iratxe García Pérez se licenciou e iniciou na política. Na segunda metade dos anos 90 foi secretária-geral das Juventudes Socialistas de Espanha em Valladolid, passando depois a ocupar o mesmo cargo a nível da comunidade autónoma.

Mais tarde, foi eleita deputada nacional por Valladolid e ocupou-se das questões das políticas sociais e do trabalho no Congresso. É eurodeputada desde 2004 e, desde 2019, preside à Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas no Parlamento Europeu (PE), família política de centro-esquerda de que fazem parte o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e o PS português. Pelo meio presidiu à Comissão de Direitos da Mulher e Igualdade de Género do PE.

Em entrevista ao Expresso, García Pérez não hesita em apontar “retrocessos inaceitáveis” na maior comunidade autónoma de Espanha, onde estudou e começou a trabalhar na política, e que foi a primeira governada por uma coligação entre o Partido Popular (PP, centro-direita) e o Vox (extrema-direita). A região tem sido vista como “antecâmara” do que poderá ser um Governo nacional dos dois partidos a sair das eleições de domingo.