As eleições presidenciais na Eslováquia estão a ser vistas como um teste ao Estado de Direito no país, que desde outubro é novamente governado por Robert Fico. Próximo do homólogo húngaro, Viktor Orbán, em apenas cinco meses o primeiro-ministro eslovaco já provocou várias dores de cabeça em Bruxelas. E por razões idênticas: retirada do apoio militar à Ucrânia, abolição de um gabinete especial do Ministério Público, tentativas de controlo dos meios de comunicação social e proliferação de propaganda pró-russa.
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Presidenciais na Eslováquia: a escolha entre “um defensor do desmantelamento da democracia” e “um contrapeso” ao Governo
O ex-chefe da diplomacia Ivan Korčok e o antigo primeiro-ministro Peter Pellegrini passaram à segunda volta das eleições para um cargo com poderes limitados mas relevantes. O primeiro representa uma rutura com o Governo “autoritário e populista” de Robert Fico, enquanto o segundo será uma extensão do poder executivo, dizem analistas ouvidos pelo Expresso. Para um politólogo eslovaco, uma vitória de Korčok a 6 de abril será “uma salvaguarda do campo democrático” contra “a transformação da Eslováquia numa segunda Hungria”