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Polónia foi às urnas com o boletim numa mão e a esperança na outra

Calcula-se que perto de 20 milhões de polacos tenham ido às urnas este domingo. Cabe-lhes decidir se confiam ao Partido Lei e Justiça (PiS, direita nacionalista) no poder desde 2015, um inédito terceiro mandato, ou se votam no sentido da mudança. Quem compareceu nas mesas de voto agarra-se à esperança para combater o pessimismo. E quem não tem fé na política tem-na em Deus

Assembleia de voto em Cracóvia
Beata Zawrzel/NurPhoto/Getty Images

Mariana Abreu, na Polónia

Ventos e tempestades não impediram os polacos de votarem este domingo. Dos 29 milhões de eleitores, espera-se que 70% (cerca de 20 milhões) marquem presença nas mesas de voto da Polónia e do estrangeiro – a maior afluência às urnas dos últimos anos.

As previsões de elevada participação dão esperança a Agnieszka Wąsowska-Telęga, candidata em Gdańsk pela Esquerda Unida (Lewica Razem), um dos cinco partidos que formam a coligação Nova Esquerda (Nowa Lewica). “Sempre tivemos problemas com a participação, mas estas eleições deixam-me esperançosa”, contou ao Expresso.

O Partido Lei e Justiça (PiS, direita nacionalista), do primeiro-ministro Mateusz Morawiecki, no poder desde 2015, procura um terceiro mandato. Ao centro tem a oposição da Coligação Cívica (KO), chefiada pelo ex-primeiro-ministro Donald Tusk, antigo presidente do Conselho Europeu.