Exclusivo

Eleições americanas 2024

“Trump vai utilizar os seus poderes em toda a extensão possível”: como Trump com mais poder ameaça os seus ‘inimigos’ e desalinhados

Não é apenas na geopolítica que a governação de Trump poderá contribuir para mudar o mundo. Internamente, ao ver-se reforçado pelo voto popular e pelo número de republicanos no Senado, o recém-eleito Presidente pode aumentar o autoritarismo, fazer uma purga interna, retirar a autonomia de agências governamentais e pôr em marcha alguns dos seus planos, como a deportação maciça de imigrantes. A sua agenda será cumprida, acreditam os analistas

Donald Trump
Chip Somodevilla

Desde que Donald Trump anunciou a recandidatura à Casa Branca, os politólogos têm repetido alertas. “O Donald Trump que volta à Presidência não é o mesmo Donald Trump de há oito anos”, ou “o segundo mandato não será nada como o primeiro”. Em parte, essa premissa baseia-se, não só no afastamento das figuras republicanas com posições anti-Trump, como na experiência adquirida, na preferência reforçada com o voto popular e uma acumulação de ressentimentos sobre como acredita que o sistema lhe falhou.

“A América deu-nos um mandato poderoso e sem precedentes”, disse Trump perante uma multidão extasiada em West Palm Beach, na Flórida, já na manhã de quarta-feira. No mesmo discurso, o republicano antecipou um segundo mandato desta forma: “Governarei com um lema simples. Promessas feitas, promessas cumpridas.” Mas que promessas são essas e qual a sua viabilidade? E quais foram os compromissos que Donald Trump estabeleceu e que passaram despercebidos?