Os resultados das eleições presidenciais ainda estavam a ser contados, mas as primeiras sondagens à boca das urnas deram logo pistas para percebermos onde é que o ex-Presidente Donald Trump conseguiu mais ganhos em relação às eleições de 2020: foi especialmente junto do eleitorado masculino, que será o principal responsável pela segunda vitória do republicano em oito anos.
Segundo as sondagens recolhidas pelo Washington Post, a distribuição dos votos entre homens e mulheres a nível nacional é praticamente igual para ambos os candidatos mas, nos estados mais importantes para estas eleições, houve mais mulheres a votar em Trump do que homens a votar em Harris. Por exemplo, nos estados da Carolina do Norte, Nevada e Pensilvânia, 57% dos homens terão votado no antigo Presidente norte-americano, enquanto 41% terá escolhido Kamala Harris; por outro lado, cerca de 55% das mulheres dessas regiões votaram em Kamala Harris e 43% preferiu Trump, destacando-se assim um "gender gap" (um intervalo entre eleitorados divididos por género) menos vincado do que muitos especialistas esperavam.
Os dois outros grupos onde Trump mais recuperou terreno em relação à sua derrota frente a Joe Biden foram os homens afro-americanos e o eleitorado de origem latina. A nível nacional, o Washington Post estima que Harris tenha obtido apenas 53% dos votos dos latinos, uma queda significativa em relação a Joe Biden, que conseguiu uma vantagem de 33 pontos percentuais nesse grupo. Essa queda no apoio dos imigrantes e descendentes de imigrantes latinos pelos democratas foi ainda mais notória no Nevada e na Carolina do Norte.