Em 1972, o Washington Post alterou por completo a política norte-americana ao expôr o escândalo de Watergate, que resultou na queda do Presidente Richard Nixon. Quatro anos depois, o jornal declarou o seu apoio ao candidato democrata Jimmy Carter, inaugurando a tradição do chamado “endorsement” (calão político em inglês para apoio político), para apenas em 1988 não a ter cumprido.
Este ano, a direção editorial de um dos jornais mais antigos e conceituados da América do Norte decidiu não escolher entre Kamala Harris e Donald Trump. O seu ‘publisher’, William Lewis, declarou que o Post iria “regressar às suas raízes” de se manter neutro em eleições presidenciais norte-americanas, confiando e deixando que os eleitores “se decidam por si próprios”. Posteriormente, foi avançado pelo próprio jornal que o bilionário que detém a publicação, o dono da Amazon, Jeff Bezos, terá travado a publicação de uma declaração de apoio a Kamala Harris, que já estaria escrita.