Anne-Marie Slaughter é presidente e diretora executiva de New America, organização internacional que defende mudanças estruturais nos Estados Unidos. Algumas delas poderiam passar por panfletos woke nos dias que correm, como, por exemplo, a implantação de um currículo escolar que explique que na base da criação do país esteve o genocídio dos nativos norte-americanos.
É professora emérita de política e assuntos internacionais na Universidade de Princeton e foi reitora da Woodrow Wilson School of Public and International Affairs, na mesma universidade. Em 2009, Hillary Clinton, que era secretária de Estado (equivalente a ministra dos Negócios Estrangeiros), nomeou-a diretora de planeamento político do Departamento de Estado. Slaughter foi a primeira mulher a deter esse cargo.
Democrata convicta, ainda assim critica a mão leve de Barack Obama com Vladimir Putin, e também as “pessoas à esquerda que se sentem muito incomodadas com o patriotismo”. Na pequena biografia que aparece na sua conta na rede social X, que já pouco visita devido à quantidade de notícias falsas e conteúdo extremado que por lá proliferam, patriot é o primeiro substantivo que escreve para se definir.
Slaughter é autora de dez livros sobre política dos Estados Unidos e evolução demográfica do país. Tem mais de uma centena de artigos científicos publicados. O Expresso entrevistou-a na Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, onde deu uma conferência sobre a influência que as eleições americanas podem ter no resto do mundo.