“Senhor vice-presidente, estou a falar” é uma das frases assinatura de Kamala Harris. Atirou-a contra o então vice-presidente Mike Pence durante um debate em 2020, e esperava poder usá-la a seu favor no confronto com o palavroso candidato republicano. “Harris acredita claramente que Trump não será capaz de mostrar a moderação que demonstrou no seu debate com Biden; não conseguirá evitar falar por cima dela, de uma forma que o faça parecer rude ou até mesmo desequilibrado”, diz ao Expresso Geoffrey Kabaservice, diretor de estudos políticos no Niskanen Center, em Washington, e autor de “Rule and Ruin: The Downfall of Moderation and the Destruction of the Republican Party” (“Governo e Ruína: A Queda da Moderação e a Destruição do Partido Republicano”). “Estou a falar” seria, então, a frase de efeito ideal.
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Sem edição, “rude e desequilibrado”: à espera de “erro catastrófico”, equipa de Harris quer microfones ligados no debate. A de Trump não
O debate entre Kamala Harris e Donald Trump, a 10 de setembro, pode ser o golpe final com que conta a equipa da candidata democrata. As hesitações em torno do tema dos microfones ligados ou desligados faz sentido, de acordo com os analistas da política norte-americana, que acreditam que o ímpeto conquistado por Kamala pode prevalecer