Ao fechar a cortina à especulação que rodeava a sua candidatura, desistindo de concorrer a um segundo mandato como Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden ofereceu o testemunho a Kamala Harris. A vice-presidente tem sido apontada como a sucessora natural de Biden para liderar o Partido Democrata nas eleições presidenciais, especialmente depois da desastrosa prestação do Presidente no debate de junho, frente a Donald Trump - uma prestação que precipitou as dúvidas sobre a capacidade de Joe Biden de vencer a eleição.
Apesar de ainda poderem surgir outros candidatos na convenção do próximo mês, Harris surge como a grande favorita à nomeação. E várias sondagens, realizadas antes da desistência anunciada de Joe Biden (e a declaração de apoio à sua ‘vice’), demonstram que a ex-senadora democrata da Califórnia convence mais eleitores do que o Presidente, embora a esmagadora maioria dos inquéritos continue a dar maior favoritismo ao ex-Presidente e candidato republicano, Donald Trump.
As duas primeiras sondagens efetuadas depois da desistência de Joe Biden dão uma vantagem a Donald Trump sobre Kamala Harris. O estudo da Morning Consult, realizado na segunda-feira e divulgado esta quarta-feira, dá uma margem de vitória a Trump sobre Harris de dois pontos (47-45), uma redução em relação à vantagem de seis pontos que a mesma empresa previa com o anterior Presidente na corrida.
Já a sondagem da Quinnipiac University, realizada entre a passada sexta-feira e domingo, entre eleitores registados, coloca Trump em primeiro lugar, com 49%, e Harris em segundo, com 47%, um empate técnico dentro da margem de erro.