Um estratega político, por tanto que se esforce a inventar um lema de campanha ou uma qualquer frase lapidar, como “tornar a América grande novamente”, ficará sempre aquém da imagem de alguém baleado, um sobrevivente ensanguentado, rodeado de homens e mulheres de negro — e assim se contrasta —, furando por entre eles com o punho erguido e rosto combativo.
“Nós vivemos em sociedades muito, muito visuais e, portanto, uma imagem tão poderosa quanto esta vai ter maior ressonância do que o 'Make America Great Again', que é uma frase classicamente populista, que não criou nada de novo e só se aproveitou do livro de propaganda dos populistas da História. A imagem de um herói, que é também vítima, não sendo nova, é ainda mais forte”, assegura Nelson Ribeiro, especialista em média e propaganda.