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No auge do seu poder, Trump impõe agenda que penaliza os mais pobres: “Não convence nem os moderados nem os conservadores”

Foi uma grande conquista legislativa para o Presidente dos Estados Unidos, mas não convence nem os moderados, que receiam os cortes no Medicaid, nem os mais conservadores, preocupados com o aumento da dívida. A aprovação da “Big Beautiful Bill” é a expressão do estado do Partido Republicano, e terá sérias consequências no país, alertam analistas políticos que o Expresso ouviu

Chip Somodevilla

Tem sido apresentado como um “Robin dos Bosques ao contrário” (tirando aos pobres para servir os ricos), mas o “grande e belo projeto de lei”, como Donald Trump lhe chama, é um pacote multimilionário em impostos e despesas que poderá ter grande impacto nas carteiras de milhões de americanos. Está mais perto de tornar-se real, depois de os senadores republicanos o terem aprovado, por margem estreita, esta terça-feira (madrugada de quarta em Portugal).

Entre os senadores, a votação foi de 51 para 50, com o vice-presidente, J. D. Vance a desempatar, na qualidade de presidente do Senado. Entre os republicanos da câmara alta do Congresso, houve quem se juntasse aos democratas, votando contra: Susan Collins, do Maine; Rand Paul, do Kentucky; e Thom Tillis, da Carolina do Norte, que até anunciou (em fim de mandato) que abandona a política em 2026.