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Abominação, tigres e montanhas, ou viagem aos bastidores da zanga anunciada entre Musk e Trump

Foi mais do que o aumento da despesa que esteve na origem das críticas de Elon Musk à iniciativa legislativa de Donald Trump. Dos benefícios fiscais ao controlo do tráfego aéreo, o empresário sul-africano queria mais cedências do Presidente. Sairá da Casa Branca ao fim de menos cinco meses em funções

Elon Musk e Donald Trump, na Casa Branca
Kevin Dietsch

Donald Trump chamou-lhe o “Projeto de Lei Único, Grande e Bonito”, mas Elon Musk está convencido do contrário. “Acho que um projeto de lei pode ser grande ou pode ser bonito, mas não sei se pode ser ambos”, admitiu o multimilionário, que é CEO da Tesla e da SpaceX.” Foi ainda mais longe ao referir-se ao projeto de lei, que abrange cortes de impostos e aumentos de despesa, e que é prioritário para o Presidente dos Estados Unidos. Considerou-o uma “abominação repugnante” que aumentará o défice federal.S

Vários senadores republicanos, conservadores em termos orçamentais, manifestaram preocupações com o custo do projeto de lei, que acrescenta 3,8 triliões de dólares (cerca de três biliões de euros) à dívida de 36,2 triliões de dólares (cerca de 32 biliões de euros) do Governo federal. Donald Trump quer cortar impostos, proporcionando maior poupança aos ricos, e direcionar mais fundos para as Forças Armadas, segurança das fronteiras e controlo da imigração. Reduziria os programas de saúde, nutrição, educação e energia limpa para cobrir parte dos custos.