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Somam-se as ações judiciais em início de mandato: “Trump fez o suficiente nas primeiras 48 horas para paralisar os tribunais durante anos”

A emissão de ordens executivas foi feita com tal furor que vários grupos já começaram a organizar-se legalmente contra os planos de Trump. As ações judiciais podem ou não resultar no bloqueio da aplicação das diversas políticas. No passado, medidas que enfrentaram elevado escrutínio acabaram deixadas para trás por outros governantes. Não deverá ser o caso do regressado Presidente americano

Donald Trump
Anna Moneymaker

Começou logo no primeiro dia. Regressado à Casa Branca, Donald Trump iniciou a prometida onda de ações executivas, leis através das quais o Presidente define a gestão das operações do Governo federal e dá instruções às agências executivas. O Presidente americano não só empreendeu esforços para apagar o legado da anterior administração, revogando dezenas de ações do agora ex-Presidente Joe Biden, como deu destaque à repressão à imigração e retirou os Estados Unidos dos acordos climáticos de Paris. Trump também estabeleceu como prioridade manter o TikTok online nos EUA, e perdoou centenas de pessoas acusadas de estarem envolvidas no ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio.

No entanto, muitas destas medidas já motivaram indignação coletiva e outras enfrentam mesmo contestação judicial, porque, ao contrário das leis aprovadas pelo Congresso, as ordens executivas são mais vulneráveis às pressões de grupos de direitos civis e a processos nos tribunais. Tendo gerado indignação em vários sectores da sociedade, os projetos ratificados pelo 47.º Presidente enfrentam contestação na barra do tribunal.