“Os migrantes têm-se preparado para o dia de hoje desde o momento em que ficou claro que Trump regressaria à Casa Branca”, conta ao Expresso César Cuauhtémoc García Hernández, advogado na área da imigração e professor de direito na Ohio State University. “As pessoas estão certamente assustadas, mas já viveram sob um mandato de Trump, por isso não acordam hoje a olhar cegamente para o futuro. Os migrantes, os seus familiares, amigos e respetivos defensores estão muito mais bem posicionados do que estavam em 2017, para proteger as pessoas de quem gostam.”
Era uma promessa para o dia um. Trump anunciou que iria “lançar o maior programa de deportação da história americana”, desde os primeiros momentos na Casa Branca. Para isso, poderá declarar uma emergência na fronteira e ordenar aos militares que ajudem a proteger os limites no sul do território. A campanha de deportação em massa, que deverá começar “à velocidade da luz”, colocará em risco alguns subgrupos, além dos imigrantes com antecedentes criminais, a que o Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA já dava prioridade. Milhões de pessoas que chegaram aos Estados Unidos durante o mandato de Joe Biden podem ser mesmo os primeiros visados.