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Pequim “sem medo” de Donald Trump, que garante: “Presidente Xi e eu faremos o possível para tornar o mundo mais pacífico e seguro”

Tom do Presidente eleito dos Estados Unidos já não é tão agressivo em relação à China. Há temas globais em que convergem e os elogios do regime comunista a Elon Musk sinalizam um novo clima

Presidente dos EUA Donald Trump e Presidente chinês Xi Jinping
Kevin Lamarque/Reuters

A satisfação de um jornal comunista de Pequim pelo “sucesso” do capitalista mais rico do planeta pode parecer fake news. Não é: para o “Global Times”, a fábrica da Tesla em Xangai constitui “um vívido exemplo de como a China e os Estados Unidos podem cooperar e promover uma colaboração mutuamente vantajosa”.

Foi assim que aquele tabloide do grupo do “Diário do Povo”, órgão central do Partido Comunista Chinês, qualificou, na semana passada, os resultados da empresa de automóveis de Elon Musk em 2024. Segundo o jornal, pela primeira vez em mais de uma década, as vendas globais da Tesla diminuíram, mas aumentaram 8,8% na China — que já representa 36,7% do total —, para cerca de 670 mil veículos. “E isto não é caso isolado”, realçou o “Global Times”.