EUA

Ataque a Donald Trump recorda Lincoln, Roosevelt ou Kennedy: a história das presidências também é uma história de violência

O ataque durante o comício de Donald Trump recorda outros episódios violentos da política norte-americana. De Lincoln aos irmãos Kennedy, os EUA têm um historial de atentados

Anna Moneymaker

O FBI está a investigar o ataque a Donald Trump como uma tentativa de assassinato ao candidato presidencial republicano que liderou o país entre 2016 e 2020. Trump foi atingido numa orelha durante um comício em Pittsburgh, na Pensilvânia, por um atirador que foi morto pelas autoridades.

Esta não foi a primeira vez que um candidato ou um presidente norte-americano foi alvo de um ataque e o Expresso recupera a lista de personalidades que sobreviveram e faleceram na sequência de disparos.

1835: Andrew Jackson

Andrew Jackson foi o sétimo presidente dos Estados Unidos da América e o primeiro a ser alvo de um atentado político no país. Teve sorte: o atirador, um inglês chamado Richard Lawrence, um pintor de casas desempregado, disparou uma arma e depois outra, e falhou em ambas as ocasiões o alvo. Foi detido e absolvido após ser declarado inimputável por razões de saúde. Era um pintor de casas.

1865: Abraham Lincoln

O presidente Abraham Lincoln foi o primeiro incumbente a ser assassinado. Aconteceu dentro do teatro Ford, enquanto assistia ao espetáculo “Our American Cousin”. Lincoln foi atingido na cabeça e morreria no dia seguinte após um disparo do ator e simpatizante dos confederados John Wilkes Booth, que fugiu do local. Seguiu-se uma caça ao homem e Booth seria apanhado numa quinta, na Virginia. Não é claro se foi morto ou se se suicidou durante a captura.

1881: James A. Garfield

O 20.º presidente dos EUA foi ferido por Charles J. Giteau enquanto esperava por um comboio, em Washington. James A. Garfield foi atingido no ombro e nas costas por um apoiante do então vice-presidente Chester A. Arthur, que seria nomeado presidente quando Garfield faleceu, dois meses depois. Giteau foi detido no local por um polícia.

1901: William McKinley

William McKinley morreu na sequência dos ferimentos provocados pelos disparos da arma de Leon Czolgosz, um anarquista que se sentia oprimido pelo sistema. Num evento público, McKinley estendeu a mão a Czolgosz que atirou duas vezes ao estômago do presidente. O republicano faleceria pouco tempo depois e seria Theodore Roosevelt a assumir o cargo.

1912: Theodore Roosevelt

O carismático Theodore Roosevelt foi alvo de uma tentativa de assassinato por John Schrank, o dono de um saloon que julgava ter sido tomado pelo fantasma de Czolgosz e instruído por este para matar o presidente. Schrank acertou no peito de Roosevelt que insistiu em discursar, como planeado, e só depois foi tratado. Sobreviveu.

1963: John. F. Kennedy

O mais mediático dos assassinatos presidenciais que gerou várias teorias, filmes e vasta produção literária. John F. Kennedy seguia numa caravana na baixa de Dallas quando Lee Harvey Oswald disparou sobre o carro em que seguia, atingindo-o no pescoço e na cabeça. Kennedy morreu pouco tempo depois.

1968: Robert F. Kennedy

Cinco anos depois, o irmão mais novo de John F. Kennedy, Robert, assumiu a candidatura democrata à presidência e foi assassinado por Sirhan Sirhan, um ativista palestiniano antissionista no Ambassador Hotel, na Califórnia. Robert F. Kennedy foi atingido no pescoço e no sovaco. Morreu no dia seguinte.

1981: Ronald Reagan

Ronald Reagan sobreviveu à tentativa de assassinato protagonizada por John Hinckley Jr. que disparou sobre o presidente quando este se preparava para entrar na limusina depois de fazer um discurso em Washington. Reagan ficou gravemente ferido: um pulmão perfurado, uma costela partida e hemorragias internas. Hinckley Jr. queria impressionar a atriz Jodie Foster pela qual ficara obcecado depois de a ver no filme “Taxi Driver”, de Martin Scorsese.