O centro de gravidade da NATO deixou de estar apoiado unicamente na defesa da Ucrânia e passou a um novo patamar em que a defesa do território europeu, pertencente aos membros europeus da NATO, está a merecer atenção e planeamento sérios por parte dos chefes de estratégia e logística da Aliança. Estas são as duas grandes linhas a partir das quais se vão aferir os sucessos do encontro que assinala os 75 anos da organização.
Comecemos pelo apoio à Ucrânia, um dos três pontos na agenda, em conjunto com o financiamento da Aliança e com o Indo-Pacífico. Esta cimeira, que se realiza em Washington, no Auditório Andrew W. Mellon, onde o tratado que fez nascer a NATO foi assinado em 1949, “não é uma cimeira qualquer” e marca “uma alteração do paradigma em relação à Ucrânia”, diz ao Expresso o major-general e especialista em assuntos de Segurança e Defesa Arnaut Moreira. “Antes falávamos do apoio que cada um dos países membros da Aliança podia dar, agora falamos do apoio de natureza institucional da Aliança como um todo.”