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EUA

“O potencial deste movimento estudantil pró-Palestina é assustador para Biden, ele não pode perder ninguém na disputa com Trump”

Robert Cohen, professor de Estudos Sociais na Universidade de Nova Iorque e investigador de ativismo estudantil, tem assistido aos protestos na instituição em que dá aulas. Apesar de rejeitar as comparações com o movimento contra a guerra no Vietname, que se iniciou no final dos anos 1960, o professor universitário acredita no potencial de influência política que tem a mobilização estudantil

ERIC BARADAT

“Se os estudantes se organizarem nas convenções e as coisas ficarem fora do controlo, se isso acontecer na Convenção Democrata, então Trump e os Republicanos poderão fazer o que Nixon fez em 1968, na Convenção de Chicago, alegando que aquela desordem estava a ser gerada pela forma como os Democratas lidaram com aquilo.” O capital político das manifestações estudantis pró-Palestina é relevante o suficiente para que Joe Biden não o ignore, diz Robert Cohen, professor de Estudos Sociais na Universidade de Nova Iorque e investigador de ativismo estudantil, em entrevista ao Expresso, tecendo possíveis cenários. Segundo o docente, a força dos jovens “pode ter um grande impacto nas eleições presidenciais” e dificilmente o Presidente norte-americano pode ter ganhos face a este dilema.