Rudy Giuliani declarou esta quinta-feira bancarrota depois de ter perdido um caso por difamação em que foi condenado a pagar 148,1 milhões de dólares em indeminizações, indicam os documentos de tribunal consultados pela Reuters.
Em causa está o caso levantado por dois eleitores da Georgia, que acusaram o ex-advogado de Donald Trump em Nova Iorque - entretanto afastado pela Ordem - de difamação, depois deste ter feito falsas acusações de que teriam manipulado os resultados das eleições presidenciais de 2020 em Atlanta, na Georgia.
Horas antes de Giuliani ter declarado bancarrota, um tribunal em Washington decretou que os dois eleitores - Ruby Freeman e a filha, Shaye Moss - poderiam exigir imediatamente o pagamento da indeminização em vez de terem de esperar o prazo legal habitualmente aplicado de 30 dias. A decisão foi tomada no pressuposto de que o ex-advogado “provou ser um litigante relutante e não cooperativo”, cita o The Guardian.
Durante o julgamento de quatro dias, Ruby Freeman e Shaye Moss disseram que foram alvo de assédio e ameaças de morte, depois de Giuliani - na altura a trabalhar para Trump - ter especificado os seus nomes nos seus esforços para convencer a opinião pública que os resultados das presidenciais tinham sido manipuladas a favor de Joe Biden.
Os problemas financeiros de Ruby Giuliani, envolvido em vários processos judiciais milionários ligados ao pós-derrota eleitoral, já eram do conhecimento público. Desde 2019, o ex-advogado de Trump terá colocado à venda várias propriedade, incluindo um apartamento em Manhattan (cujo valor está estimado em 6,5 milhões de dólares).