O Governo de Joe Biden vai criar um gabinete para a prevenção da violência com armas de fogo. A notícia é avançada pelo “Washington Post” (WP), que acrescenta que a medida vai ser anunciada esta sexta-feira pelo Presidente e pela Vice-Presidente Kamala Harris. É uma resposta a um pedido antigo dos ativistas para a prevenção da violência armada, que pressionam Biden desde a sua eleição, em 2020, para que a Casa Branca tenha mais controlo sobre o tema.
Shannon Watts, fundadora do Moms Demand Action (“Mães Exigem Ação”), um grupo que defende medidas mais restritivas para controlar a violência armada, afirma, em declarações ao WP, que a criação de “uma estrutura para supervisionar a política nacional, investigação e recursos seria mais do que simbólico - seria um ponto de viragem significativo para o movimento”.
O anúncio surge no arranque da campanha das eleições primárias. Em maio deste ano, o Presidente Biden pediu ao Congresso para proibir as armas de assalto, após um tiroteio no Texas no qual morreram oito pessoas, defendo a proibição do armamento pesado e o controlo de antecedentes criminais e psiquiátricos, entre outras medidas.
A última lei aprovada no Congresso americano para restringir o uso de armas de fogo aconteceu em junho de 2022. Este acordo, que foi o maior avanço na legislação americana em 30 anos, inclui verificações mais rigorosas aos compradores e aumento das penas de tráfico de armas.
Este ano já ocorreram 504 tiroteios em massa, segundo dados da Gun Violence Archive, uma organização sem fins lucrativos que reúne e analisa dados sobre a violência armada nos EUA. Para esta associação, um tiroteio em massa consiste num incidente no qual quatro ou mais pessoas são mortas ou feridas.
A Casa Branca recusou ao WP comentar o assunto.
Texto de Eunice Parreira, editado por João Pedro Barros