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O discurso de Biden vai ficar para a história? Análise à luz das frases marcantes de grandes presidentes dos EUA

A necessidade de união os norte-americanos é o tema que une a maioria dos discursos que ficaram para a História da presidência dos Estados Unidos. Nenhum Presidente deu início ao mandato sem referir os tempos e as dificuldades excecionais e exigentes que se viviam, porque em todas as alturas os desafios foram sempre muito maiores do que a força de um só homem. Se Biden fica para a História? A História dirá. Mas há uma parte do seu discurso que pode já estar a caminho

A cerimónia de tomada de posse de Jie Biden decorreu no exterior do Capitólio, em Washington D.C.
Tasos Katopodis / Getty Images

Não há fórmulas exatas para se ficar na história, mas há linhas comuns que é possível traçar entre os mais memoráveis discursos de tomada de posse dos presidentes dos Estados Unidos da América. Joe Biden acompanhou no seu, sem grande esforço, essas “cordas místicas da memória”, como disse Lincoln, o maior entre os históricos.

Os momentos após uma eleição são quase sempre sensíveis: o país ainda tem na memória os instantes pouco felizes de ambos os candidatos, os escândalos de todo o tipo que quase sempre surgem na reta final das campanhas, os insultos, o jogo por vezes sujo. E quase sempre há necessidade de unir a nação contra um inimigo comum (para Harry Truman era o comunismo, por exemplo) ou num rumo diferente (Barack Obama queria um sistema nacional de saúde, um arrojo ideológico pouco comum para os norte-americanos).