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EUA

Donald Trump. A presidência "reality show" que queria mais quatro anos de palco

Despedir elementos da sua equipa, desafiar os outros países, retirar-se de tratados internacionais, lançar tweets provocadores, alimentar suspeitas e desprezar os especialistas têm sido características da presidência de Donald Trump. O perfil do homem que fez que a América deixasse de ser a América, tal como era conhecida, e que se dispõe a muito para continuar a sua "obra"
Chip Somodevilla/Getty Images

Sobressaltos e controvérsia têm pontuado a presidência de Donald Trump. Despediu praticamente todos os conselheiros que ajudaram a elegê-lo, os consultores nas áreas mais delicadas, desafiou as agências secretas e militares, desvinculou-se de mais tratados e organizações internacionais - como a NATO e as Nações Unidas - do que qualquer um dos seus antecessores. Desacredita diariamente os responsáveis científicos de todas as áreas, aconselhou a que se bebesse lixívia para tratar a covid-19 e nega a razia que a pandemia fez nos Estados Unidos.

Com estas e outras proezas também a nível da política externa - como a demonização do Irão, a rivalidade com a China e a oposição à Europa - fez milhões em todo o mundo duvidarem se alguma vez os Estados Unidos vão sobreviver à guerra que tem alimentado contra o “sistema” a golpes sucessivos desferidos sobre a democracia.