China

Cidade chinesa de Shenzhen investe 21 mil milhões de euros em tecnologia em 2025

O objetivo é ganhar competitividade em setores emergentes, como a inteligência artificial. A cidade já é sede de grandes firmas tecnológicas como a Huawei, a BYD ou o gigante da internet Tencent

ALEX PLAVEVSKI

Shenzhen, cidade do sudeste da China que concentra várias gigantes tecnológicas do país asiático, anunciou, esta quarta-feira, que vai investir 160 mil milhões de yuan (21 mil milhões de euros) em tecnologia, ao longo de 2025.

O montante será gasto em "infraestruturas de novo tipo", para permitir à cidade "competir plenamente" em setores emergentes, como a inteligência artificial (IA), disse o presidente da Câmara de Shenzhen, Qin Weizhong, na cimeira anual do governo local, que começou na terça-feira.

O relatório apresentado pelo autarca coloca a meta de crescimento económico para este ano em 5,5%, junto com outros objetivos, como a criação de 200 mil novos postos de trabalho.

Shenzhen faz parte do projeto da Área da Grande Baía - uma metrópole mundial, construída a partir de Hong Kong e Macau, e nove cidades da província de Guangdong, através da criação de um mercado único e da crescente conectividade entre as vias rodoviárias, ferroviárias e marítimas.

Guangdong estipulou como meta crescer 5% este ano, apesar de nos últimos três anos não ter atingido os seus objetivos, no contexto de um abrandamento da economia chinesa, e apesar de ser a província chinesa que mais exporta.

A cidade de Shenzhen enfrenta uma crescente competição com outros grandes centros tecnológicos chineses, incluindo Hangzhou (leste), que é sede de empresas emergentes como a plataforma de IA DeepSeek e a empresa de robótica Unitree.

Outrora uma aldeia piscatória situada na fronteira com Hong Kong, Shenzhen tornou-se uma base global para o fabrico de eletrónicos e sede das principais firmas tecnológicas do país, como o grupo de telecomunicações Huawei, a fabricante de automóveis elétricos BYD ou o gigante da Internet Tencent, após a China se abrir à economia de mercado, nos anos 1980.