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China aposta no pragmatismo económico para unir as águas do estreito de Taiwan

Xi Jinping não abdica da reunificação e quer os EUA longe. Empresas da China e de Taiwan preferem tudo como está

Candidato do Kuomintang Hou Yu-ih, durante um evento de campanha em Taiwan, a 4 de janeiro de 2024.
EPA / RITCHIE B. TONGO

António Caeiro

Conhecida pela abundância e variedade do seu chá, a província chinesa de Fujian, na costa leste do país, assumiu agora uma nova missão: “Aprofundar o desenvolvimento integrado entre as duas margens do estreito de Taiwan.” Foi assim que a imprensa oficial descreveu, esta semana, o plano do Governo chinês para dinamizar a economia regional “em todos os aspetos”, desde o pequeno comércio à alta tecnologia. “Dinamizar a economia” e “fazer avançar a reunificação pacífica da China” estão entre as diretrizes.

A geografia ajuda: Kinmen, um dos três pequenos arquipélagos sob jurisdição do Governo de Taiwan, fica a cinco quilómetros de Fujian. Taipé, a capital da ilha onde se refugiaram as tropas do Partido Nacio­nalista depois de perderem a guerra civil no continente, em 1949, fica a mais de 300.