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Presidente do Ruanda “copia manual de Putin” na República Democrática do Congo e “joga sempre carta do genocídio”

O conflito entre os dois países intensificou-se após a tomada de Goma pelos rebeldes apoiados por Kigali. O Ruanda é acusado de querer pilhar recursos minerais congoleses, ao mesmo tempo que, em Moçambique, ajuda as autoridades em Cabo Delgado. A “questão fundamental” é saber se “as potências globais e africanas tolerarão esta dupla abordagem” ou “exigirão uma maior responsabilização” do Ruanda

Familiares choram junto ao caixão de uma criança de dois anos que foi morta, juntamente com outro membro da família, quando um explosivo atingiu a casa onde viviam durante combates após a tomada de Goma pelos rebeldes do M23
Daniel Buuma/Getty Images

Pelo menos 2900 pessoas morreram nos combates que levaram à tomada da cidade de Goma, no leste da República Democrática do Congo (RDC), na semana passada, segundo as Nações Unidas. Depois de terem tomado a capital da província de Kivu do Norte, os rebeldes do Movimento 23 de Março (M23), apoiados pelo Ruanda, decretaram unilateralmente um cessar-fogo humanitário, que deveria ter entrado em vigor na terça-feira, e garantiram que não tinham “qualquer intenção de assumir o controlo de Bukavu ou qualquer outra cidade”.