Pelo menos 2900 pessoas morreram nos combates que levaram à tomada da cidade de Goma, no leste da República Democrática do Congo (RDC), na semana passada, segundo as Nações Unidas. Depois de terem tomado a capital da província de Kivu do Norte, os rebeldes do Movimento 23 de Março (M23), apoiados pelo Ruanda, decretaram unilateralmente um cessar-fogo humanitário, que deveria ter entrado em vigor na terça-feira, e garantiram que não tinham “qualquer intenção de assumir o controlo de Bukavu ou qualquer outra cidade”.
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O conflito entre os dois países intensificou-se após a tomada de Goma pelos rebeldes apoiados por Kigali. O Ruanda é acusado de querer pilhar recursos minerais congoleses, ao mesmo tempo que, em Moçambique, ajuda as autoridades em Cabo Delgado. A “questão fundamental” é saber se “as potências globais e africanas tolerarão esta dupla abordagem” ou “exigirão uma maior responsabilização” do Ruanda