Os manifestantes moçambicanos que ao longo dos últimos dois meses saíram às ruas para contestar os resultados das eleições de 9 de outubro viram a sua vontade de mudança ser afastada pelo acórdão do Conselho Constitucional, que na segunda-feira proclamou a vitória de Daniel Chapo. A presidência do país vai assim manter-se com um candidato da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido que está no poder há 49 anos. O anúncio dos resultados finais está a ser acompanhado de uma nova onda de contestação popular.
Segundo o último balanço, feito esta quarta-feira peça plataforma eleitoral Decide, pelo menos 56 pessoas morreram em Moçambique desde segunda-feira, e 152 foram baleadas.