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Moçambique: “Os pequenos ajustes aos resultados das eleições não apaziguarão a raiva da oposição”

Os resultados finais das eleições presidenciais em Moçambique, anunciados na segunda-feira, deram a vitória a Daniel Chapo, da Frelimo, que apelou ao diálogo. A contestação voltou a sair às ruas e o opositor Venâncio Mondlane quer criar um tribunal constitucional popular que lhe dê posse como Presidente

Paulo Juliao/Lusa

Os manifestantes moçambicanos que ao longo dos últimos dois meses saíram às ruas para contestar os resultados das eleições de 9 de outubro viram a sua vontade de mudança ser afastada pelo acórdão do Conselho Constitucional, que na segunda-feira proclamou a vitória de Daniel Chapo. A presidência do país vai assim manter-se com um candidato da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido que está no poder há 49 anos. O anúncio dos resultados finais está a ser acompanhado de uma nova onda de contestação popular.

Segundo o último balanço, feito esta quarta-feira peça plataforma eleitoral Decide, pelo menos 56 pessoas morreram em Moçambique desde segunda-feira, e 152 foram baleadas.