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África

“Os Estados são vistos como o problema, o que abre um caminho preocupante para a radicalização”

As populações estão “cada vez mais desiludidas” com os Estados, o que tem o potencial de conduzir a ações radicais, alerta Alex Vines, diretor da Chatham House para África. Em entrevista ao Expresso, o responsável adverte ainda para o risco de “contágio” de terrorismo e golpes numa região fragmentada e, desde logo, na Guiné-Bissau. Mas também dá bons exemplos, incluindo lusófonos, e fala no papel de Portugal

Alex Vines, diretor do programa de África da Chatham House
NUNO BOTELHO

O Instituto Marquês de Valle Flôr (IMVF) está a desenvolver um projeto para a prevenção do radicalismo e do extremismo violento na Guiné-Bissau, onde, no início de dezembro do ano passado, o Presidente, Umaro Sissoco Embaló, protagonizou um golpe constitucional.

No quadro deste projeto, o Observatório da Paz, aquela organização não-governamental para o desenvolvimento estabeleceu uma parceria com a Chatham House.

O Expresso falou com o diretor do programa de África do grupo de reflexão britânico, Alex Vines, que assina, em coautoria, o documento programático Opções de Resposta Política para a Crise de Segurança e Democracia na África Ocidental.