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Guiné-Bissau entregue à “brutalidade”: repressão policial nas ruas, manifestações proibidas e vários dirigentes políticos detidos

Na Guiné-Bissau, a polícia impediu a ocorrência de uma manifestação da oposição. Recorreu a gás lacrimogéneo e fez várias detenções, além de usar da violência. Ao Expresso, representantes de grupos políticos e sociais falam de um ambiente de medo generalizado, imposto por um regime autoritário

Detenções durante a passeata organizada esta quinta-feira, na Guiné-Bissau
Direitos Reservados

Bubacar Turé, presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, admite, “até certo ponto”, que a contestação política vivida em Moçambique tenha inspirado a repressão policial das últimas horas na Guiné-Bissau. Mas é mais do que isso: Umaro Sissoco Embaló, o Presidente, “sempre teve medo dos cidadãos livres; foi sempre hostil às manifestações”, diz o ativista, em declarações ao Expresso. Forças de segurança decidiram aplicar violência contra os militantes que participavam numa passeata de protesto organizada esta quinta-feira pelos partidos das coligações Pai Terra Ranka e API Cabaz Grande.