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Acordo militar com a Rússia: “Fomos um pouco apanhados de surpresa”, diz ex-vice-presidente do Constitucional de São Tomé e Príncipe

Edite Ten Jua sublinha a importância de “mais diálogo e esclarecimento” em “questões tão sensíveis” como as militares, mesmo tendo em conta as ligações históricas entre os dois países. Em entrevista ao Expresso, a antiga ministra e ex-juíza do Tribunal Constitucional considera que “a pirataria obriga, necessariamente, a um fortalecimento da cooperação norte-sul”. E mostra-se preocupada com a fuga de jovens quadros do país, uma vez que “a juventude é o motor da economia”

Edite Ten Jua, ex-ministra dos Negócios Estrangeiros e antiga vice-presidente do Tribunal Constitucional de São Tomé e Príncipe
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Hélder Gomes

A jurista Edite Ten Jua é secretária nacional dos Negócios Estrangeiros do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe – Partido Social Democrata (MLSTP-PSD). Desde a transição do regime de partido único para um sistema multipartidário, em 1991, o MLSTP-PSD tem alternado, com regularidade, entre a oposição e o governo, sendo atualmente o maior partido da oposição do país insular.

Antiga ministra de pastas como os Negócios Estrangeiros, a Justiça, a Administração Pública e os Assuntos Parlamentares, Ten Jua também já foi vice-presidente do Tribunal Constitucional. Convidada da 7ª edição do Eurafrican Forum, que decorreu no início da semana passada na Nova School of Business & Economics (Nova SBE), em Carcavelos, a jurista falou com o Expresso sobre os desafios do seu país e o recente acordo de cooperação militar assinado com a Rússia, entre outros assuntos.

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